quinta-feira, 12 de março de 2009

Sinestesias

Pingos de chuva no telhado...
E um rosto borrado no espelho...
É difícil parar... E lembrar...
Do perfume daquela música amarela...
Sim...
O perfume daquela música amarela... E do gosto daquele abraço cinza...

Esse cheiro é mais que um abraço apertado sobre uma pele tão ferida...
É o sabor de um tempo que parece emoldurado... como um prêmio [ou uma punição?] pela salgada resistência...

Havia realmente uma música amarela...
Havia realmente um gosto cinza...
[gravados no metal daquela pele... em labirinto].
Um labirinto cinza, amarelo... e perfumado de saudades...



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